quinta-feira, 9 de setembro de 2010


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- será como se nunca tivesse existido.

cena três.


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com uma certa dificuldade ela conseguiu juntar e trancar tudo, novamente. não teve choro e nem vela, ela pensava que estava vacinada, só pensava.
guardou a caixa verde no fundo do guarda-roupa. e foi procurar o tal papel, depois de algumas horas, ela o encontrou.
deixou em cima da mesinha, para que no dia seguinte ela pudesse voltar na costureira e mandar fazer seu véu.

amanheceu e ela precisa ir na costureira bem cedo, pois tinha outras coisas pra fazer, antes de ir pro consultório. dessa vez, ela foi sozinha.
trocou de roupa, pegou o carro e chegou um pouco depois da hora marcada - ela tem um sério problema e não consegue ser pontual nunca.
depois de se desculpar, entregou o papel para Joana e ficou esperando. enquanto isso, resolveu olhar algumas revistas, ela ainda não tinha escolhido o tipo de bolo que iria querer, pra dizer a verdade, ela ainda precisava escolher várias coisas. sim, a velha arte de deixar tudo para cima da hora.
tomou um chá de cadeira por quase duas horas, mas quando viu o esboço do véu seu rosto se transformou e um sorriso se abriu. o sorriso ficou maior quando viu que seu vestido estava praticamente pronto.

de fato o vestido era um espelho da personalidade dela. simples e marcante.
lá estava ela, se admirando diante do espelho, quando a porta do ateliê se abriu. ela estava tão distraída que nem olhou para quem tinha entrado. até ouvir uma voz que fez suas pernas balançarem e ela quase vir ao chão.

- sempre soube que você seria uma noiva linda e encantadora.

mal sabia ela que ele estava falando sério (...)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

página 54.

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tem quem acredite que eu sou muito amável, confesso que consigo ser - quando me convém. tem quem acredite que sou gentil e simpática, confesso que consigo ser - com quem eu quero. tem quem acredite que sou educada, confesso que consigo ser - quando estou de bom humor. tem quem acredite que eu compreensiva, confesso que consigo ser - quando espero algo em troca. tem quem acredite que eu sou legal, confesso que consigo ser - quando tenho cafeína no sangue. tem quem acredite que eu sou interessante, confesso que consigo ser - quando algo é interessante pra mim. tem quem acredite que eu sou boa moça, confesso que consigo ser - quando querem que eu seja.

# fingir que está tudo bem, não quer dizer que tudo esteja mal.

um dedo de prosa [23]


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ela: eu não estou bem.
ele: agora eu entendo.
ela: o que?!
ele: essa dor no lado esquerdo do peito.

página 68.


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Às vezes, por pensar que não tem ninguém olhando ou lendo, sinto uma liberdade inexplicável. Falo com mais liberdade e com mais vontade, posso colocar a máscara em cima da cama e usar a minha fantasia natural. Confesso meus desejos e reconheço minhas vontades. Sei, isso tudo é uma falsa liberdade, pois sempre terá um olho curioso.

# quando o caminho é bom, o destino fica em segundo plano.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

cena dois.


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ela precisava encontrar o tal papel, como nunca foi muito organizada, era preciso revirar o quarto todo, começando pelas caixas coloridas que ficavam na parte de cima do guarda-roupa. subiu em um banco e na pressa colocou uma caixa por cima da outra. sim, ela perdeu o equilíbrio e deixou as caixas virem ao chão.

no meio das caixas, tinha uma que ela evitava ao máximo de chegar perto, a caixa verde - onde ela guardava as cartas/flores/bilhetes/fotos/ingressos/chaveiros/rascunhos do Francisco.
quando percebeu que a caixa verde estava aberta, sentiu o sangue congelar e o coração pulsar nas pontas dos dedos. ficou em pé e olhando. sem se mexer, sem pensar e (quase) sem respirar. parecia que estava olhando pra um fantasma, tudo bem, aquela caixa não deixava de ser um - pelo menos pra ela.
a última vez que ela tinha olhado as lembranças daquela caixa, foi quando começou a namorar com Arthur. prometeu pra si própria que não iria se machucar e nem machucar alguém com aquelas coisas, sabia que era necessário abrir mão delas, mas descartou qualquer possibilidade de jogá-las fora.
a caixa era verde, porque verde era a cor favorita de Francisco.
não tinha jeito, era preciso arrumar as coisas, afinal, ela não poderia deixar tudo espalhado pelo chão.

era impossível olhar uma foto e não sentir algo, nem que fosse só um frio na espinha. era impossível pegar uma carta e não lê. era impossível não olhar para um ingresso e pensar que tinha sido o melhor filme/show/teatro/apresentação. era impossível apagar o passado.

mal sabia ela que aquilo era apenas um aviso do que estava por vir (...)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

cena um.


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o calendário marcava 03 de setembro de 1985, ou seja, faltava exatamente um mês para o casamento de Valentina e Arthur.
ela já tinha escolhido o tipo de vestido que queria entrar na igreja, mas ainda faltava consertar alguns detalhes. o terno dele já estava reservado.

ela era dois anos mais velha do que ele.

eles se conheceram quando ela estava pra terminar o curso de psicologia e ele começando o curso de educação física.
o encontro aconteceu no dia que ela ajudou ele a se livrar do trote, ele estava fugindo - não queria ter que dançar e pedir dinheiro no sinal - e sem querer esbarrou nela. pediu desculpas e disse que precisava de ajuda, resumiu as coisas pra ela e antes mesmo de terminar, ela já tinha prendido ele no banheiro feminino. eles perderam a noção da hora e ficaram por lá, conversando/rindo. há tempos ela não se sentia assim e ele nunca tinha vivido aquilo - pelo menos era o que ele achava.
depois de quase dois anos, eles começaram a namorar, no dia 03 de outubro de 1983. mais dois anos se passaram, e pouca/muita coisa mudou.
já estavam formados e empregados, sendo assim, resolveram se casar. no dia 03 de janeiro de 1985, ela fez o pedido. não foi novidade pra ninguém, já que foi ela também quem o pediu em namoro.

era dia de experimentar o vestido, finalmente, ele estava pronto, quer dizer, quase pronto, mas já era de grande emoção entrar dele, mesmo que faltando alguns pedaços. foi junto com a sua melhor amiga e sua mãe.
quando entrou dentro do vestido e se olhou no espelho, não pode evitar as lágrimas e o sorriso largo. de fato era um dia muito especial.
depois de olhar alguns ajustes, ela percebeu que tinha esquecido um documento em casa, quer dizer, um papel pequeno, com as medidas do véu. com isso marcou de voltar no dia seguinte.
voltou pra casa e foi direto pro quarto, precisava encontrar aquele papel.

mal sabia ela que o primeiro sinal estava por vir (...)

domingo, 5 de setembro de 2010

página 75.


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Há gente que me faz sorrir, apenas com uma frase ou uma música. Há gente que me faz perder o humor, apenas com uma brincadeira ou um comentário sem noção. Há gente que me faz sentir amor, apenas com um sorriso ou um cheiro bom. Há gente que me faz sentir ódio, apenas com um olhar ou um beijo-mal-dado. Há gente que me faz bem, apenas com uma sms ou então um e-mail inesperado. Há gente que me faz mal, apenas com um detalhe besta ou ignorado. Há gente que faz minha vida colorida, apenas com uma tinta de caneta ou lápis-de-cor. Há gente que escurece a minha vida, apenas com uma nuvem ou uma borracha. Há gente assim e há gente assada.

# destino traçado, só aguardo pelo contorno.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

aviso [3]:


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- ar(es) de SáPaulo \o/

terça-feira, 31 de agosto de 2010

as melhores conversas! (L) [2]

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22:55) ma.ria: oooi ((:
(22:55) Michel: oiii fran
(22:55) Michel: como ta?
(22:55) ma.ria: cansada e arrumando mala
(22:55) ma.ria: e você?!
(22:56) Michel: cansado
(22:56) Michel: nao tenho mala pra arruma
(22:56) Michel: AEHAUIE
(22:56) Michel: vai viajar?
(22:57) ma.ria: ASIAUSIASUIASIAUSAUSIAS
(22:57) ma.ria: não, é que eu tenho um treinamento em casa
(22:57) ma.ria: que nem quando tem incêndio?!
(22:57) ma.ria: AISOAISOAISOISOISOSOSIOASIO
(22:57) ma.ria: /brincadeira
(23:14) Michel: AHEUIAEHAUEHAUEHAUEA
(23:14) Michel: eu sei
(23:14) Michel: evacuação do predio
(23:14) Michel: HIAEHUIAEIUAUAEHU
(23:14) ma.ria: é isso aê.!
(23:15) ma.ria: como você é inteligente.!
(23:15) ma.ria: meopai.!
(23:15) ma.ria: AOSIAOSOSIASAOSAOSAOSASIASOI

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

página 70.


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todos temos fases. cheias, novas ou minguantes.

# decoração branca não me satisfaz.

domingo, 29 de agosto de 2010

um dedo de prosa [22]


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ele: você sumiu.
ela: sentiu minha falta?!
ele: não sentiu a minha?!
ela: isso é uma troca?!
ele: não.

sábado, 28 de agosto de 2010

lar (:


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ma.ria diz (21:06):
na nossa casa não pode faltar 'ana maria'
Nilton diz (21:07):
na nossa casa não pode faltar pão integral
ma.ria diz (21:07):
na nossa casa não pode faltar nescau
Nilton diz (21:08):
na nossa casa não pode faltar vinho
ma.ria diz (21:09):
na nossa casa não pode faltar maçã
Nilton diz (21:09):
na nossa casa não pode faltar você
ma.ria diz (21:10):
na nossa casa não pode faltar a gente
Nilton diz (21:10):
(l)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

lifelines.

- 1973.



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pegou o livro e foi se sentar no lugar de sempre, aliás, todos os lugares lá eram marcados, todos tinham um/a dono/a.
diferente dela, ele odiava café, mas sempre pedia uma xícara. gostava de sentir o aroma, pois o fazia lembrar de casa. enquanto o café e o chá de morango não chegavam, ele abriu o livro e um pedaço de papel caiu.

"Espero que goste do presente. Espero também ter meu livro de volta, se você estiver disposto a devolver, pode aparecer na casa de muro laranja, que fica em frente a praça da rua de baixo. (J.Q.)"

ele nem esperou o pedido chegar, foi correndo para o pequeno apartamento onde dormia. foi buscar o livro, queria a encontrar logo, só que isso não aconteceu. ao chegar em casa e procurar o livro, ele resolveu esperar um pouco mais. então se jogou nas almofadas da varanda e foi ler o tal livro, afinal era um presente dela.
o relógio marcava 10:45 da manhã, quando ele leu a primeira frase. em cada página ele sentia o cheiro dela, tentava imaginar o motivo que a levou a escolher aquele livro e como ela sabia que o livro dela estava com ele. antes de terminar o último capítulo, ele marcou a página e fechou o livro. percebeu que aquele livro era diferente, não tinha nome de editora ou número de edição. notou também que logo abaixo do título, haviam duas letras: J.Q.

# você é minha história.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

um dedo de prosa [21]


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ele: todo mundo sabe.
ela: sabem o que?!
ele: que eu quero você.
ela: eu não sou todo mundo.
(...)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

página 18.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

cotidiano.


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de fato eu não sou uma pessoa esperta, sempre procuro afeto e atenção no lugar errado, ou melhor nas pessoas erradas. erradas, mas que deveriam ser as certas, você entende?!
tem gente que não sabe dar carinho, ou vai vê tem gente que não sabe o que é carinho.
acontece.
só que isso não é o mais importante, isso não deve ser valorizado, não mesmo.
por mais clichê que isso tudo pareça, sempre vai ter um alguém, (des)conhecido/a. digo isso por experiência própria.
hoje eu senti, percebi e constatei que isso é verdade.
basta querer, basta se permitir, basta se abrir e basta.

# tem gente que parece que foi inventada por mim.

página 67.


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Escreverei um livro, sim eu escreverei. Começarei com uma história qualquer, talvez um romance ou quem sabe uma tragédia qualquer - mas romance não é tragédia e tragédia não é romance?! fiquei na dúvida.

Escreverei um livro, contarei um pouco da minha vida e sobre a vida das pessoas que passaram pela minha. Acho que vou misturar a minha vida com a vida dos meus personagens, afinal todos somos personagens.

Escreverei um livro, falando sobre algumas receitas e teorias de vida. Sei que ninguém segue receita, mas é sempre bom ter algumas sugestões, nem que seja pra dizer: - quem tem coragem de fazer isso ou aquilo?!

Escreverei um livro, para guardar minhas memórias e meus casos amorosos. Alguns que duraram por algumas horas e outros que conservo até a data de hoje. Uns intensos e outros rasos, mas todos importantes.

Escreverei um livro, para olhar pra trás e ver o quanto eu cresci e mudei. Para lembrar do passado, não esquecer o presente e bisbilhotar o futuro. Guardarei datas e horas, de feriados e de encontros.

Escreverei um livro, sim eu irei escrever um livro. Colocarei nele dedicatórias e declarações inéditas, falarei sem vergonha ou medo. Usarei meu próprio nome e mostrarei minha outra face.

Escreverei um livro, com páginas em branco e intervalos. Será um volume único, será um único volume.

# quando se tem prazer, o sacrifício é esquecido.

domingo, 22 de agosto de 2010

um dedo de prosa [20]


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ela: eu preciso.
ele: do que?!
ela: de quebrar algo.!
ele: quer meu coração?!
ela: de novo?!
(silêncio)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

pois é.


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Tudo sempre começa com uma brincadeira ou então com uma simples conversa. A amizade surge e a intimidade chega. Apelidos aparecem e o carinho é recebido de forma mais natural. A senhorita rotina passa bem longe, pois cada dia é como o primeiro. As semelhanças aparecem e um sentimento a mais é inserido no relacionamento. Tudo bem aos poucos, para que se possa aproveitar cada instante e novidade. Cada palavra é degustada com vontade. As diferenças são quase inexistentes, chega a se pensar que a lenda sobre metade-da-maçã-laranja é real. Tudo cheira a novo, tudo ainda é novo.

# romances baratos me interessam, agora eu preciso descobrir uma boa liquidação.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

página 63.


# às vezes, o afeto escorre pelos dedos.!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

página 56.


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sabe quando você tem assunto e percebe que ele desapareceu justamente na hora que você precisava conversar?! e o melhor, o assunto sempre volta quando a pessoa foi embora ou então quando você coloca a cabeça no travesseiro ;~
gosto muito de falar, mais do que de escrever. o problema é que me perco, ou melhor, perco o foco. começo uma conversa sobre sol e quando vejo estou contando sobre as brincadeiras do meu peixe - ah, qualquer dia eu trago mais informações sobre ele, só pra constar, o nome dele é Carlos Eduardo e quem rir vai perder um dente ;p - ou então estou falando sobre a cor do carro que passou em frente minha casa.
às vezes - bem raramente -, eu consigo prosseguir com um assunto, quer dizer, eu consigo terminar um assunto. depois de falar sobre várias outras coisas nada a ver.
será que isso só acontece comigo?!
pois é, por incrível que pareça, eu comecei esse texto com a intenção de falar das sensações que algumas músicas me trazem e olha sobre o que eu estou falando, tudo menos o assunto principal. já até me esqueci o que iria dizer ;x
(fico imaginando quando eu chegar na idade do meu namorado '-')
estou aqui, ouvindo 'fruto sagrado' e lembrando da primeira vez que eu ouvi, há seis anos atrás. lembro-me que copiei uma música e fiquei cantando e repetindo por uma semana. sim, eu sou do tipo que gosta de uma música e penso que só existe aquela música.
é melhor terminar esse texto, porque todo mundo tem preguiça de texto grande, a começar por mim ._.

# levo a vida devagar pra não faltar amor.

página 64.


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é impossível aceitar a situação de que você esteja apaixonado por mim. logo por mim?! como assim?!
sou sua melhor amiga, àquela que sempre te ouviu falar da fulana e que te ajudou a ficar a beltrana, lembra?!
sou a garota que você sempre vê de pijama e cabelos em pé.
você não pode se apaixonar por mim.! você não pode dizer que está apaixonado por mim.!
isso é proibido.!
com quem eu vou conversar?! pra quem eu vou falar dos gatinhos que conheci no ônibus ou na fila do correio?! quem ouvirá meus segredos?!
amigos, somos só amigos.! só não, porque isso é mais do que qualquer romance-mamão-com-mel. amigos são para sempre e sempre.
abra os olhos, me olhe nos olhos, você verá que tudo é só fase.
o fato de você pensar em mim é comum, amigos fazem isso. amigos também sonham um com outro. amigos telefonam de madrugada. amigos mandam sms citando frases bregas.
por favor, lembre-se disso.!
eu preciso de você.

# me atormenta a previsão do nosso destino.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

trilha.


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eu aqui.
você lá.
e nós no meio.

domingo, 15 de agosto de 2010

um par.


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Acho que a melhor fase de qualquer relacionamento é a fase-do-quem-é-você-e-do-que-você-é-feito. É a fase em que a outra pessoa é um mistério ou então um jogo de quebra-cabeça. Aos poucos você vai descobrindo a cor favorita dela, a banda que ela mais escuta e o que ela mais gosta de fazer. Vai vendo os costumes e as manias. Percebe o tipo de roupa e as combinações entre sapato e relógio. Cada conversa traz uma revelação, uma descoberta ou só uma curiosidade. Aos poucos as peças vão se encaixando e o desenho vai sendo revelado. Qualquer assunto é assunto, tudo é válido, falar do preço do dólar ou então do preço da paçoca no ônibus. A real intenção é aproveitar mais um encontro, tirar todo proveito daquele diálogo e encaixar mais uma peça.
E quando tudo estiver encaixado, é hora de procurar por outro quebra-cabeça - ou não. ;)

# e depois que o tempo acabar, vou usar a prorrogação.

condicional.


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Quando eu era criança, ganhei um fusca rosa, pelo qual eu era totalmente apaixonada. Ele era a coisa mais perfeita do mundo, me divertia e me fazia companhia em todos os momentos. Quando eu estava feliz, o fusca era àquele que me levaria para comemorar. Quando eu estava triste, o fusca era àquele que me levaria para longe, um refúgio qualquer. Com o passar dos dias, das semanas, dos meses e anos, o fusca foi deixando de ser tão importante pra mim. Tinha dias que eu não queria saber dele, que não tinha paciência ou vontade de brincar com ele, queria férias. Às vezes, sentia saudade, então ía lá e o pegava. Só que com esse relaxamento, o fusca foi ganhando defeitos, talvez esses defeitos já existiam, mas só depois eu fui percebendo. Notei que a roda traseira estava torta e a porta direita já não fechava muito bem. Com isso a paixão se foi e levou o fusca junto.
O mesmo acontece com as pessoas (...)

# quis nunca te ganhar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Um pro outro.


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o ônibus não demorou para vir. tinha apenas um lugar vago, ele disse para ela se sentar, mas ela respondeu:
- só sento se você se sentar no meu colo.
- é melhor a gente ficar em pé.
o jeito dela, às vezes, o assustava e ao mesmo tempo o atraía.
- cadê a música?!
- a bateria acabou.
- por que você não canta?!
- só se você fizer dupla comigo.
não se sabia qual dos dois era pior.
chegaram no terminal e o ônibus dela já estava estacionando. ele a acompanhou, não só até a fila, ele entrou no ônibus com ela.
se sentaram na última fileira, ela na janela e ele no corredor. ele deitou no ombro dela e ficou.
ficaram em silêncio até a hora de saltar.
já era hora de dar sinal, então ela mexeu os ombros e disse:
- vem comigo ou vai continuar a passear de ônibus?!
saltaram e ela pegou na mão dele. ela gostava de andar de mãos dadas, lhe dava segurança.
chegaram em frente um portão laranja com muro verde, ela começou a tirar as coisas de dentro da bolsa, precisava encontrar as chaves.
foi então que ele começou a rir. mandou ela se virar e puxou um chaveiro do bolso dela.
- é isso que você tá procurando?!
ela guardou as coisas de volta na bolsa, abriu o portão e disse:
- sinta-se em casa.

# nem todo meio tem começo.

página 62.

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pra dizer que eu voltei com o twitter - @o_nete e com a caixa de comentários.

# o segredo é entrar na dança, mesmo sem saber dançar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

página 29.

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dizem que quando estamos perto da morte, a nossa vida passa diante dos nossos olhos, eu só precisei caminhar pelo weheartit pra encontrar a minha '-'
(hi hi)

# palavras sem contexto são invalidadas pelo tempo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

um dedo de prosa [19]


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ele: sabe o que eu percebi hoje?!
ela: o que?!
ele: que você me trouxe felicidade.
ela: desde quando sou carteiro?!
(risos)

básico.

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Às vezes dizemos coisas e esquecemos, só que quem escuta não esquece. A memória de algumas pessoas me dão medo e a falta de memória de outras me dão nos nervos. Uma frase ou até mesmo uma só palavra pode ser guardada no coração durante anos, principalmente se no meio disso rolar uma promessa.

# silêncio também é resposta.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ice cream.


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- eu vou embora.
- pois é, ficou tarde, né?!
- não, eu vou embora do estado.
- pra onde?! quando?!
ele sentiu uma dor, como se estivesse prestes a perder uma parte do corpo.
- vou para o Maranhão, daqui cinco dias.
era essa a notícia que ela recebeu pelo celular, que a deixou tão perturbada e a fez querer ir até a sorveteria.
- acho que vou sentir sua falta.
- promete que vai me visitar?!
- desculpe-me, mas eu não sou bom com promessas.
- acho que acabamos por aqui.
- ainda temos cinco dias.
se levantaram parar ir até o caixa, ele pagou a conta e depois se dirigiu até a porta, daí ela voltou com uma moeda para comprar um bombom. na hora de sair, ela pegou na mão dele e assim, de mãos dadas eles foram para o ponto de ônibus.
chegando lá, ela tirou o bombom de dentro da bolsa.
- pra você.
- pra você.
e foi ali que nasceu o costume de comprar um único bombom pra os dois. era o favorito dela, que logo depois se tornou o favorito dos dois.


# preciso inspirar-me em vocês.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

mamão com açúcar.


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ele faz o tipo dela.
ela gosta dos cabelos e do pé dele, até o jeito como ele se veste. o gosto musical e a comida favorita dele também é atraente aos olhos dela.
ele parece que veio como cópia masculina dela.
ela se apaixona com ele todos os dias, em segredo.
sabe tudo de sua vida, onde ele costuma ir na quarta a tarde e o que sempre faz no domingo a noite. ela conhece seus defeitos e é totalmente fascinada pelas suas qualidades.
ele domina seus sonhos e governa seus pensamentos.
é mais do que uma simples atração, mas não chega a ser amor, talvez seja só um sentimento de posse. ela pensa que o tem nas mãos, enquanto ele nem sabe da existência dela.
alguns chamam de paixão platônica, mas ela prefere dizer que gostar sozinha é melhor e menos complicado.
em uma pasta preta ela arquiva uma playlist das músicas favoritas dele e algumas fotos. a pasta também contém algumas cartas que ela escreveu.
todos dizem que ela precisa largar mão disso e ela fingi nem ouvir.
apesar de todas as loucuras que ela comete em nome desse sentimento, ela jamais desejou o amor dele para si, pois sonho é uma coisa e ilusão é outra, sendo que o segundo só causa dor e sofrimento.

# não posso impedir a queda.

página 58.

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nenhum relacionamento em que eu esteja envolvida é estável.
não consigo manter a harmonia e o amor por muito tempo, porque sempre entro em paranóia, me incomodo com detalhes idiotas e valorizo coisas demais.
talvez seja o momento para deixar o barco correr e deixar a onda levar.
cansei de discutir por coisas que não mudaram, ninguém é obrigado/a a mudar só pra me agradar. como diz o ditado: o incomodado é que se mude, sendo assim estou de malas prontas.

# estou sem destino e sem pressa.


meu caipira ♥ [2]

JEAN diz (17:21):
mas minha menina eh uma letrada mesmo viu
JEAN diz (17:21):
que booommm
ma.ria diz (17:22):
numerada, jean
ma.ria diz (17:22):
faço matemática
ma.ria diz (17:22):
hi hi
ma.ria diz (17:22):
OASIAOSOASOASOASIOASAOSI
JEAN diz (17:22):
ehhh verdadeee
JEAN diz (17:22):
numerada
JEAN diz (17:22):
eh praticamente um CÓDIGO DE BARRAS
JEAN diz (17:22):
ahauahuhauahuahauha

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

uma notinha.

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eu gosto de música, mas talvez isso se dá pelo fato deu gostar de gente e música me lembra gente. música me lembra bons momentos e quando um relacionamento acaba a música é o que me resta.

# porque eu já sei que a vida não é uma resposta.

domingo, 8 de agosto de 2010

um dedo de prosa [18]




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ela: oi.
ele: ei.
ela: esse lugar tá reservado?!
ele: sim.
ela: pra quem?!
ele: você (:

página 39.


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o que me diz?! (:

sábado, 7 de agosto de 2010

ponto e vírgula.


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A verdade é que, Cristo se importa e sofre com meu e com o seu sofrimento. Às vezes, nos sentimos vítimas e nos comportamos como tal, só que Ele se importa com isso. Ele quer mudar isso, mas para isso você precisa abrir a porta. Cristo chora com você. Cristo tem ciúmes de você. Cristo ama você, não um amor qualquer, não um amor interesseiro, não um amor de momento, Ele te ama todos os dias, Ele te ama quando você erra, Ele te ama quando você fica sem tomar banho ou escovar os dentes, Ele te ama quando você está com ou sem dinheiro, Ele te ama quando faz sol ou chove, Ele te ama.
A verdade é que, não há nada que você possa fazer para acabar ou diminuir o amor que Ele sente por você. Ele te amará mesmo assim, você terá que conviver com isso. Quando o sofrimento vier, quando as lágrimas fluírem, quando a dor for grande, lembre-se: Ele te ama e se encontra do seu lado, abra a boca e troque uma ideia com Ele, não custa nada e faz um bem enorme.
Não vá pensando que o amor dEle vai te livrar de todas as frustrações do mundo ou que com isso você viverá sempre sorrindo. O amor dEle é o que te sustentará nesses momentos e dias, o amor dEle é o que trará conforto para o seu coração, o amor dEle é o que te fará ter certeza de que dias melhores virão.
É só deixar acontecer.

# o amor no seu sentido mais real.

página 55.

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pessoas são compostas de defeitos e qualidades.
algumas tentam esconder um lado e só mostrar o outro, mas ninguém sustenta uma máscara por muito tempo. a verdade é grande demais pra ficar encoberta pra sempre.
às vezes, partir um coração é mais fácil do que cuidar dele.
cuidar é sempre difícil, quer dizer, fazer o certo é sempre difícil. o errado é sempre mais gostoso e fácil.
ainda bem que toda exceção tem uma regra.
não direi que estou em crise, ela já se foi.
estou só me adaptando as mudanças.
nem todo pau que nasce torto morre torto.
algumas pessoas e algumas coisas ficaram pelo caminho e outras tantas também ficarão. às vezes, eu penso que chegarei no final do caminho sem nada e desacompanhada, até que alguém aparece e diz:
- estou e estarei sempre aqui.
eu sei, várias disseram isso pra mim e se foram.
(acontece.)
ainda tenho tanto pra aprender. ainda tenho muito o que chorar. ainda tenho muito o que viver.


página 52.

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e as letras tem dado lugar as lágrimas.

entrevista.

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Me ama?! Me quer?! Cuida de mim?! Me deseja?! Sente minha falta?! Sonha comigo?! Pensa em mim?! Me namora?! Canta pra mim?! Me escreve?! Me descreve?! Me faz feliz?! Fica comigo?! Me leva.

# viajar sem estradas, flutuar como algodão.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

sobre (te) querer.


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começou a chover e a coisa que eu mais queria não era um guarda-chuva e sim você.
de fato eu quero muito você e com o passar dos dias o meu querer só aumenta.
confesso que ainda tenho medo, dúvida e preocupação .-.
mas, parece que quanto mais eu te quero, menor é o medo, menor é a dúvida e a preocupação dá lugar a certeza.
eu te (amo) quero.

# cores verdadeiras são bonitas.

um dedo de prosa [17]


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ela: você perdeu.
ele: por que?!
ela: lembra da regra?!
ele: qual?!
ela: era proibido se apaixonar.

(som)



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o barulho que um violão faz é só encantador e atraente. pra dizer a verdade, o som de todos os instrumentos musicais são atraentes e encantadores, mas eu tenho uma paixão pelo violão *-*
que começou quando eu tinha catorze anos. um amigo fez uma serenata particular pra mim, quando o que ele deveria tá fazendo era o trabalho de geografia. ele tocou e cantou 'my heart will go on' - qualquer pessoa que me conhece sabe que sou insanamente apaixonada pelo filme 'titanic'.
fato é, sempre que vejo um carinha com violão, me encanto (:
ganhei um violão do senhor meu pai, mas só rabisquei ele e joguei em cima do guarda-roupa ><' talvez, um dia eu aprenda a tocar, quem sabe.
gosto de música e as melhores versões são acústicas, onde eu posso aproveitar melhor o som do violão e da voz do cantor/a.


# love can touch us one time and last for a lifetime.

banana de pijama.

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pijama é a melhor roupa e o traje mais elegante que conheço. pijama quer dizer intimidade, afinal de contas, não é qualquer pessoa que te vê de pijama, certo?! - não, no meu caso. pois eu vou até na padaria/locadora/mercado de pijama e nem ligo.
acordo e nem sinto vontade de trocar de roupa, o máximo que faço é prender os cabelos e escovar os dentes.
o pijama traz uma certa liberdade, não é necessário salto ou acessório.
de pijama você é quem é, nu (?) e cru.
não tenho uma coleção de pijamas, mas os que eu tenho me servem bem. tenho um lilás, um preto com branco, um azul, um rosa e um branco com verde.
lembrando que pijama é uma coisa e camisola é outra.
tenho duas camisolas, mas só uso em ocasiões especiais. tá, é mentira, eu só uso quando meus pijamas estão sujos ou então quando estou com frio.
até hoje eu guardo o desejo de ter um pijama azul-listrado *-*

# o segredo é a verdade que encontrei.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

brindemos.

(per)noite.


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Por noites eu idealizei o nosso encontro e imaginei todos os detalhes, até a cor da pulseira do seu relógio. Criei diálogos e escutei o barulho da minha risada misturada com a sua. Senti o cheiro do seu perfume e o calor dos seus braços. Por noites era isso que eu queria mais do que qualquer coisa. Por noites eu desfiz meus pensamentos e desejos. Por noites você era o meu desejo e vontade. Por noites eu me entreguei a você e só a você. Por noites eu perdi o sono e a razão. Por noites e mais noites.

# a ponte é até onde vai o meu pensamento.

(muuaah)


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

um dedo de prosa [16]


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ele: vamos fugir?!
ela: pra onde?!
ele: minha casa.
ela: boa ideia.

página 53.

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mais uma conta encerrada, mais uma rede-social desativada e mais uma janela que se fecha.
enquanto algumas pessoas querem aparecer e chamar a atenção, eu quero sumir, evaporar e virar pó (:
quero ser apenas uma lembrança ou uma saudade.
antigamente, o meu passatempo favorito era fazer contas e mais contas, eu queria estar por dentro de tudo e participando das novidades.
atualmente, eu venho excluindo essas contas, uma de cada vez.
primeiro foi o orkut, depois o twitter/facebook/sônico/fotolog/skoob/filmow.
então, não se assustem caso esse blog desapareça da noite pro dia, tudo pode acontecer (...)

# anônimos são atraentes.

joke.


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às vezes.
eu gosto.

depende.
tá por fora.

dormir.
rotina.

comer.
obrigação.

viajar.
sonho.

casar.
objetivo.

música.
essencial.

amor.
faz parte.

# eu não pedi pra gostar de você.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

aquilo que o amor faz.


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o táxi estacionou em frente uma sorveteria que ele nunca tinha percebido. a qual tinha os letreiros coloridos - que acendiam a noite.
ela estava tirando o dinheiro do bolso pra pagar a corrida, enquanto ele já estava pegando o troco.
- minha mãe me ensinou que damas não pagam contas.
ele saltou do carro e abriu a porta pra ela.
- já gosto da sua mãe.
ela o pegou pela mão e entrou com ele. não se deixou intimidar pela companhia, pegou o maior pote e foi se servir. colocou cinco bolas de sorvete de creme e muita cobertura de limão. ele pegou um pote menor e fez uma mistura de morango com banana, sem cobertura.
ele já ía se sentar na mesa do meio, quando ela o puxou e disse:
- não podemos sentar aqui.
foram até a mesa do canto direito e ele perguntou:
- e nessa aqui?!
ela respondeu com um sorriso. ele puxou a cadeira pra ela e se sentou do seu lado esquerdo.
ficaram em silêncio por um tempo, então ela começou a falar:
- meu pai sempre me trazia aqui, dizia que sorvete é o melhor remédio. sempre que estou nervosa ou com problemas é pra cá que eu venho. sempre tomo o mesmo sorvete e sento na mesma mesa. quando meu sorvete acaba, eu viro a cadeira e fico a observar todos os que entram e saem, imaginando a história e o motivo que os trouxeram até aqui.
depois de dizer isso, ela começou a rir.
- e você só faz isso com seu pai?!
- eu fazia. hoje em dia, faço sozinha.
- não sou o seu pai, mas se estiver afim de uma companhia, eis-me aqui.
- será um prazer.
eles trocaram de lugar pra observarem todos de um ângulo melhor. ele nunca tinha feito isso, então ela começou a brincadeira.
ficaram lá por horas, rindo e repetindo as doses de sorvete. ela sempre tomando o de creme com cobertura de limão, e ele com a mistura de morango e banana.

# a regra é simples e sem exceção.

página 49.


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não importa o lugar.
não importa o ano.
não importa a cidade/estado/país.
não importa a hora.
não importa a música.
importa é ter você comigo. []'

# é sempre agradável com você.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

words. [2]

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fuck
people
thanks
salt
blue
rock
small
better
want
doll
apple
june
meat
many
milk
tea
potatoes
over
movie
about
fail
need
chair
fancy
lazy
funny
noisy
up

# são só palavras.


página 37

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você é um idiota.!
idiota por não perceber o quanto eu gosto de você e o quanto eu preciso de você.
idiota por deixar que brigas bestas e inexistentes tomem conta da nossa relação.
idiota por nunca falar nada ou então mudar de assunto.
idiota por ser tão egoísta e pessimista.
talvez eu seja a idiota, por ainda me importar.

# o pior cego é aquele que se acomoda.

domingo, 1 de agosto de 2010

a.gosto

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# enquanto eu fico sem palavras, o meu corpo se enche de sentimentos e sensações.

feeling good.


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o seu sorriso me encanta e me faz sorrir.
os seus elogios não fazem massagem só no meu ego, mas acariciam também a minha alma.
o seu carinho não arrepia só os pelos do meu corpo, sinto meu espírito se arrepiar junto.
suas brincadeiras despertam o meu lado infantil.
você e só você desperta coisas incríveis dentro e fora de mim.

# borboletas se divertindo, você sabe o que quero dizer.


a.gosto

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por noites eu idealizei o nosso encontro.
por noites eu imaginei todos os detalhes, até a cor da pulseira do seu relógio.
por noites eu chorei por tudo não passar de um sonho.
como querer tanto um estranho?! como amar tanto um (des)conhecido?! como isso é possível?! como isso é permitido?!
pararei com as perguntas, pois não obter respostas é de broxar-qualquer-macho.

free loop.


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estou aprendendo a enxergar cada frustração como um lembrete de que não devo idealizar nada, principalmente gente.
algumas pessoas são previsíveis e a esperança de que ela seja uma exceção é só uma ilusão vestida com roupa de festa.
confesso que eu também sou previsível, mas só até onde me convém.
mamãe costuma dizer que sou aquilo que me convém e que eu só acredito nas pessoas porque é mais cômodo, talvez ela esteja certa ou não.
fechar os olhos é tão simples e prático, não é por nada que eu gosto de passar horas dormindo. imaginando e vivendo só coisas boas. isso não quer dizer que eu não tenho pesadelo, mas como já disse uma vez: os piores pesadelos vem quando eu abro os olhos.
eu sei, nada aqui faz sentido. esse era o objetivo.
lembrando: pra quem sabe lê, um pingo é letra e um borrado é texto.

# cada um é como o último.

página 51.


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o relógio anuncia que o final de semana está próximo do fim. poderia começar aqui minhas tantas lamúrias e reclamações, como de costume, mas não farei isso.
só tenho o que agradecer, pois sei que as poucas (milhares) de lembranças desses três últimos dias irão me sustentar até a próxima sexta.
não tive uma semana fácil, mas recebi minha recompensa.
o segredo é: não jogar a toalha.
não direi que estou ótima e bem, pois sinto que meu corpo e minha mente ainda estão em fase de adaptação.
bom é lembrar que mesmo não estando em meu estado normal (?), tenho pessoas que me gostam assim. que me oferecem sorrisos sinceros e abraços calorosos.
amigos são pra isso e pra muito mais.
queria que o relógio e o calendário voltassem só um pouco, exatamente no dia trinta de julho de dois mil e dez, às 20:32.
sei que isso é impossível.
o jeito é esperar pela próxima sexta ou então rezar para que a semana seja uma continuação.

# nós podemos mudar e ficar bem.